Explosão

Eu vejo e ouço tudo, porém não consigo sincronizar a realidade técnica ao meu mundo subvertido. As palavras falam muito sobre mim, mas não bastam para me expressar. É como se toda arte fosse monótoma para acompanhar cada sentimento que ultrapassa minha cadeia interna, eles se prendem por dentro, dói como deve doer num pássaro que tem asas, mas não pode voar.

As bases sólidas de tudo que aprendi não computam para o rumo a ser tomado, então novamente vem a dor, o medo, o vazio, a insegurança, a intranquilidade, o abismo um amor quase insano, que não se traduz numa fórmula mágica que o faz incapaz de ser expressado. 

Se grito, não ouço o som, o retumbar do eco, apenas a minha própria solidão como um barco seguro no mar, mas solitário. Longe de tudo e de todos, ele continua no mar... Debaixo de sol e chuva, frio e calor transbordante. A cada piscar de olhos eu continuo vendo as mesmas cores, sentindo os mesmos sabores, e não há nada que me impeça de voltar, a não ser meu próprio descontrole que se tornou sagrado para mim.

Eles não entendem...

Eles não poderão entender. 




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